29 novembro 2005
A PONTE DO TRECO TRECO II
Após o capítulo primeiro desta saga, deitei mãos à obra e fiquei à espera de uma resposta da C.M.P.Régua, via email, a uma minha sugestão + pergunta relativas à ponte de ferro daquela Cidade.
Como disse, salvo erro, aquele grande senhor que é o Presidente Pinto da Costa, esperei sentado por causa das varizes ( ou coisa assim ) e bem o fiz !!!!!
São já passados largos dias ( semanas, pelo menos duas ) e népia de resposta.
Na procura de melhores informações para os temas em debate "google-pesquisei e.... encontrei este simpático endereço
"http://www.espigueiro.pt/noticias/imagens/2979_gr.jpg
site da Central de Informações Regionais que, logo em primeira página, me dava novas da ( velhinha ) ponte.
Cá vai o texto na íntegra....
07-07-2003
Régua: Autarquia insiste na recuperação de pontes sobre o rio Douro
Os projectos já estão em estudo no IEP
A Câmara Municipal do Peso da Régua ao longo de pontes da última década promoveu negociações com os diferentes Governos, alertando-os para a importante necessidade de recuperação e revitalização das pontes sobre o rio Douro – Ponte Metálica e Ponte Viária EN2.
As potencialidades do desenvolvimento turístico do Peso da Régua relacionam-se fundamentalmente com a sua massa urbana, o potencial cultural que lhe está associado e a sua localização, face aos recursos turísticos de significativo valor nacional e internacional associados ao Douro e ao sistema natural, cultural e económico do Vinho do Porto.
Existe um conjunto de potencialidades que concedem a Peso da Régua o seu perfil de plataforma turística do Douro. A Ponte Metálica integra esse conjunto, no âmbito da afirmação estratégica da cidade em termos do comércio, articulada com a promoção e valorização turística. Para isso, é intenção da Autarquia Reguense revitalizá-la, transformando-a numa zona pedonal ou velocipédica.
Relativamente à Ponte Viária da EN2, a autarquia lembra que é urgente o alargamento do seu tabuleiro, tendo em conta o fluxo intenso e diário do tráfego.
Não obstante o persistente empenhamento desta Câmara Municipal neste processo, junto da JAE e dos Institutos que lhe sucederam, certo é que o assunto, por vários motivos, não teve o acompanhamento necessário, tendo-se, por isso, protelado.
No decorrer deste ano, a Autarquia contactou o Instituto das Estradas de Portugal solicitando que fosse reiniciado o processo de trabalho conducente à concretização deste desiderato que, aproveitando o património existente, permitirá enobrecer e rentabilizar turisticamente Peso da Régua.
Em resposta ao solicitado, o IEP informou que, neste momento, está em curso um “Estudo de Viabilidade”, relativo à recuperação da Ponte Metálica da Régua. O estudo tem em vista a utilização (pedonal e de motociclos) da ponte, bem como a análise de soluções de intervenção e respectiva análise comparativa de custos.
O estudo desenvolve-se em três fases: Inspecção Principal; Inspecção Subaquática e Estudo de Viabilidade. Neste momento, foram já executados os trabalhos correspondentes à Segunda fase. O prazo de execução do Estudo de Viabilidade é de 150 dias.
Quanto ao alargamento da ponte de alvenaria da EN2, o IEP informou que esta intervenção obriga a uma análise equilibrada quanto aos custos e à viabilidade estética e estrutural do seu aproveitamento para uma plataforma mais ampla que, pode ser equacionado em função da eventual reabilitação da ponte metálica. Um possível estudo sobre esta matéria fica para um futuro próximo tendo em conta a dificuldade com que o cruzamento de veículos pesados se processa.
Se eu não sabia, se vocês não sabiam, e se nem a Câmara sabia ( pelos vistos...pois não respondeu ) agora !!!!! ficamos todos a saber.... há planos.
17 novembro 2005
A PONTE DO TRECO TRECO I
Na minha última visita à cidade do Peso da Régua, entre acaloradas conversas com as minhas ( belas ) sobrinhas, naturais dessa ( também bela ) cidade e região, veio a baila um tema algo misterioso, esotérico até, enleado nas reminiscências... as de agora...do nosso actual espaço físico e de outras que nos remeteram para áreas mais etéreas e que se prenderam com o facto de haver, ou não, reencarnação e se sim... bom !!!! Assunto de discussão para largo tempo, horas talvez mas... esse mesmo tempo atalhou-nos o passo e tivemos que fazer pausa. Não sem que ficasse no ar uma pesquisa sobre uma ponte antiga, de ferro, que desembocando no lado de lá na curva do Torrão se me afigura, desde sempre, um pequeno mistério.
Ou seja..
A minha querida sogrinha ( infelizmente já ausente ) contava que para se passar por lá se pagava uma pequena portagem ( ou pontagem, lol :) )... coisa de tostão ou meio tostão... vejam só.
Este que subscreve estas palavras tem a firme certeza, de que passou por ela, nos passeios que
seus Pais davam então, saídos do Porto para tantos outros lugares.
Segundo os cálculos e projecções de idade, a minha ( 52 primaveras...não é velhice... mas sim evolução....) não dava para que tal tivesse sucedido.
Olá!!!!! Nada de teimar, não senhor!!!
Deixámos no ar todas as hipóteses ( mesmo a menos terrena ) e comprometi-me, perante aqueles lindos olhos e entusiasmo, a fazer as minhas diligências e leituras sobre a matéria para, à posteriori, voltarmos ao tema.
Para já, estou em contacto net com a Câmara Municipal para sorver algumas informações que me possam ajudar e a par deste procuro leitura adequada onde puder.
Se a ponte ( como diz o poeta cantor ) é uma "miragem" para a outra margem... poderá ser também uma "passagem" e aqui fundir-se-ão ( e confundir-se-ão ?? ) as duas áreas do nosso suporte de vida. A física e a espiritual....
Espero ter o maior sucesso na pesquisa pois... antevejo vivas e acaloradas conversas...
Aguardem, então e por favor, pela parte II deste assunto, que espero venha a contento de todos.
E assim fica no ar o mistério do "treco - treco" expressão que define o barulho dos pneus sobre as traves de madeira e que ainda paira na minha memória.... e esta !!!! heinn!!!!!!
10 novembro 2005
Quem passa....
Lá diz a canção... " por Alcobaça... não passa sem lá voltar".....
O mesmo não acontece com VISEU. Quem por lá passa, desorienta-se e perde-se e logo, logo, a manga arregaça para não mais lá voltar, passar, ficar, etc etc etc....
Quem tem que atravessar a cidade confronta-se, à cabeça, com uma enormidade de rotundas ( vulgo...bolachas ) que se de alguma forma cumpre o seu dever de ordenar o tráfego não deixa de cansar um pouco, mas... o problema mesmo... é a falta de sensibilidade e horizontes curtos dos que, dirigindo o município, vivem o dia olhando para os seus umbigos e desleixam as condições dos que têm que passar, circular ou mesmo até ficar ( pernoitar ) naquela cidade.
Todos agradecem as importantes obras do IP3 e 5 e os Viseenses agradecem ainda mais o progresso e a desenvoltura económica e social que as comunicações ( estradas, acessos, etc ) lhes proporcionam.
Agora, o inadmissível é que, para um qualquer que queira atravessar a Cidade, tenha que se munir de um sofisticado GPS e uma Bolinha de Cristal ( e se calhar mais umas cartitas do Tarôt ) para adivinhar e encontrar e lêr as indicações que lhe proporcionem "entrar; cruzar; e sair" dali sem ficar com os nervos em pé, contribuindo para uma stressante condução...é de mais...
O exemplo mais recente foi agora em Novembro. Obras na saída de Viseu-Norte...desvios e mais desvios... eu queria ir para o sentido de Lamego... segui umas dúbias informações de "desvio ip5" cheguei a uma bolacha ( mais uma rotunda ) mesmo em frente a um hospital e... cadê as indicações para Lamego, Régua, V.Real ??? Com um pouco de jeito ficava logo ali (no hospital ) a receber tratamento aos nervos. Há, então, que perguntar a saída daquele labirinto a dois naturais que, com alguma dificuldade lá explicaram o "vai-que-não-vai" e "volta-que-não-torna" ( aí quase precisamos de uma bússola ) pelo que, depois de passar por cima do sítio onde estava, lá vieram mais "bolachas" e....finalmente....uma indicaçãozita de Lamego...vá lá, vá lá....
Mas o melhor estava para vir....
Numa definitiva "bolacha" vi, então, o que tanto ansiava... A29 AUTOESTRADA e um indicação kilométrica de cerca de 1,5 km para o dito desvio. Lá fui, coadjuvado por minha esposa, atento e observador e depois de cumpridos os 1,5km's, autoestrada....nickle's.
Parando de novo junto a um supermercado...mais uma pergunta...mais uma viagem... e logo ficamos a saber que... "- para apanharem a autoestrada têm que virar além para o ip5 sentido de Aveiro e só depois...mais além... é que encontram a dita !!!!
E foi assim, no meio de tanta desdita e infortúnio, que nos "safamos" de Viseu e seus Edis, não sem que jurasse logo ali.... De futuro, vou para a Régua pelo Porto... vindo de Setúbal, tanto faz... E sempre passo pela minha terra e famílias... e onde sou bem recebido é onde deixo o meu dinheiro. É assim que o turismo funciona !!!!
Com a minha roulotte tenho percorrido vários países da europa e indo por sítios nunca dantes visitados nunca tive problemas de maior com os caminhos a tomar.....
Porque somos tão "pequeninos" e "mesquinhos" se daí não provém nada de novo ???? Nem a copiar somos bons, irra !!!!.......
O protesto não foi ainda feito à respectiva Câmara em virtude de o "site" não estar disponível. Temo que, nessa estrada da comunicação, também continuem a olhar para o umbigo e a descurar a sinalização.
27 outubro 2005
A PROPÓSITO DA SUÁSTICA
Dito assim.. vulgarizar-se-ia a notícia e o seu impacto. Mas não !!!
Estamos perante a notícia da morte de SIMON WIESENTHAL.
Sei, isso sim, que inconformado com a (sua) condição humana de todas aquelas vidas (milhões de despojados física, mental e espiritualmente) entendeu prestar-lhes, dia após dia, ano após ano, durante todo este tempo a única homenagem possível.. caçando-os...
É igualmente certo que o sentimento de vingança foi o “motor” para que passasse o resto da sua vida na cruzada ímpar de encontrar os mentores e (seus) carrascos ao serviço daquele Hitler símbolo mor da ignomínia, da vergonha e da tresloucada “purga” rácica em busca do arianismo eivado de utopia, mas... para quem passou o que passou, quem perdeu a esposa e familiares nas câmaras de gás não podia contentar-se com sentimentos mais nobres E Eles não o mereciam...
Foi dele um dos propósitos que me marcou ao longo da vida… O de pedir Justiça e fazer prevalecer a Verdade nem que para isso tivesse que esperar mais de 20 ou 30 anos (tornando com isso intemporal a responsabilidade dos actos) para levar aos Tribunais do Mundo todos os algozes possíveis.
Essa foi a maior ( mas não sei se reconhecida ) e mais virtuosa homenagem que alguém fez aos (já) ausentes e (ainda) presentes daquela negra e triste página da História da Humanidade.
Esta é a homenagem que lhe presto (a todos) curvando-me perante a imensidão do seu ser e da sua vontade.
Bem sei que necessitamos de mais Wiesenthal’s, todos os dias e em todos os quadrantes do Mundo porque, de uma maneira ou de outra as tresloucadas “purgas” continuam… as tresloucadas Utopias persistem e nem a vergonha humana e os campos de concentração acabaram…
Viva Wiesenthal….
RASTEIRA MENTAL
O quotidiano proporciona-nos momentos curiosos, por mais simples que sejam.
Foi o caso desta cena num destes dias…
Estava eu olhando através da vidraça (ainda pondo os pensamentos em dia) paulatinamente sorvendo o meu pequeno almoço, enquanto a companheira ia escrevendo as “palavritas cruzadas” ensanduichadas entre pão e café. A dado momento fui chamado à realidade:
- Oh Morzito!!!! Como é que se chamava a cruz, emblema do Hitler??....
E quando eu me preparava para responder… a minha Morzita, ocorrendo-lhe mentalmente a informação… precipitadamente disparou:
- Já sei !!!! Esquece !!! É a cruz ciática!!!.....
No momento imediato desmanchamo-nos a rir, espontânea e divertidamente, atirando eu para longe as preocupações e aquele ar sisudo.
Ainda com algum sorriso a espraiar-se nas nossas caras… lembrámo-nos daquela vez em que a nossa filha mais nova disse, a respeito da música caboverdeana, qualquer coisa como….
- Pois… a fulana de tal… aquela cantora caboverdeana que canta as sornas !!!....
Reatamos o riso… ela completou as “cruzadas” eu acabei o meu pequeno almoço e o dia nasceu com outra cor…
Simples mas eficaz………
19 outubro 2005
Alguma nostalgia
A foto em apreço mostra, para além das pessoas, uma artesanal passagem sobre um riacho ( que nestes tempo de seca teima em não correr ) a transpôr quando damos os nossos passeios oásicos, em fins de semana e afins.
Um marco geodésico espera-nos no fim para, do alto relativo, podermos observar a linda e esmagadora paisagem ( aquando dos pores-do-sol ) que nos retempera nos traços da sua lagoa, areais e mata... para além do encanto migratório das várias espécies que por lá habitam.
Pois bem... para os (poucos) priveligiados leitores a quem estou a fazer crescer água na boca ( que é como quem diz... lembrar o bom ) digo que já não há esta passagem. Agora está em conclusão uma pequena ponte, cujos contornos ( integrados no ambiente ) me fazem lembrar um entrada para um conto de aventuras.... quem sabe... musa inspiradora para elas, pelo menos.
Brevemente, aqui porei a foto do acontecimento. Até lá....
18 outubro 2005
Caçadas de outros tempos
Beja e outras cidades deste belo Alentejo, ainda hoje são rotas de caça para os intrépidos guerreiros de camulfulado e merendas, que a tudo atiram e a nada acertam, porquanto a caça, ( essa devastada em parte por incêndios e por outra por razões que escapam ao comum do cidadão mas que incita, nomeadamente à caça clandestina ) vai-se esgotando. Destes dias nem vale a pena falar... de cegonhas a garças e a passar por outras espécies, sabe-se que nehuma escapa ao "chumbo" de alguns...
Vale a pena é falar dos tempos de caça da infância do Ti'Manel, que do alto dos seus setenta e tal anos ( oitenta ?? ) se remete para os seus 15/16 anos, tempo de ser "mochileiro" dos senhores de Lisboa que para lá se deslocavam nas suas caçadas. De pessoas muito importantes a ministros da época (Américo Tomáz...para quem se lembre ) nenhum dispensava o serviço destes "mochileiros" e estes, para atalhar à fome e á míngua daqueles dias acorriam solícitos.
Então... o jovem Manel "mochilava" um desses importantes caçadores, com o sol a romper, a caminho das portas e terrenos favoráveis à investida, quando uma perdiz se levantou...
A tiro certeiro lá ela se embrulhou e caiu mais à frente, apressando-se o caçador a orientar o mochileiro para a apanhar mas este, o nosso jovem, logo lhe fez sinal para não se mexer !!!!
Pois é !!! Mesmo ali quase a seus pés, arrochado, estava um lebrão, belo exemplar da espécie, que petrificado se acoutava na sua camulfulagem. Sim senhor !!!! Um enorme lebrão.
Como mandam as regras era preciso levantar o animal, dar-lhe espaço de corrida e dignidade de morrer e só então se levantava a arma e se dava tiro.
- Oh moço !!!! Atira-lhe uma pedra e levanta-o.....
Assim o fez este "mochileiro"... Atirou a pedra... que cortando os ares... foi bater certeira no animal. Quando todos esperavam o salto e corrida este, sem perceber o que lhe tinha acontecido, levou uma pancada na cabeça e ficou-se logo ali, finado !!!!
- Olha !!!! o bicho nã se levantou !!!!
O mochileiro pegou no animal e levou-o ao caçador.
- Olhe... pegue lá !!!!!
- Não senhor !!! Eu, matei a perdiz.... Esse animal é teu !!!! Leva-o... foste tu que o mataste.
Nesse dia a família do "mochileiro" aconchegou-se melhor à lareira e fez repasto confeccionado no gesto do caçador.
17 outubro 2005
BREJEIRICES
Mercado de Ovar, sábado, em véspera de eleições autárquicas.
Muita gente a vender, muita gente a comprar e bastante gente a passear por entre as tendas, bancas e balcões de comes-e-bebes.
Era o meu caso, quando acompanhava a minha família naquele ritual.
A dado momento paramos na área de mercado propriamente dito ( dos frangos, das couves e batatas, frutas e quejandos ) e ali fiquei a olhar em volta ao de redor de toda aquela azáfama, pessoas e comportamentos ( tal como a minha Fatinita ( Casaco Amarelo ) diz… é muito agradável e interessante ver os comportamentos e atitudes das pessoas….então nos aeroportos !!!! )
De repente um curioso diálogo entre duas vendedeiras despertou-me a atenção, apurando o ouvido:
- Pois é ??? A minha já não dá… já é velha !!!
- Num dá ??
- Não. A minha já não dá mas a sua é bem mais nova e dá “grelo” concerteza… A minha é que não dá !!!
Virei-me e deparei com as duas senhoras, já nas casa dos 60 anos, ou perto, alimentando aquela conversa.
Reparei então que vendiam sementes de leguminosas e uma delas tinha na mão um punhado delas onde espetava um dedo e as separava para realçar a “qualidade” do produto.
Esbocei um sorriso ( em que estaria eu a pensar ?? ) e uma delas dando um toque de braço na outra, repetiu… sorrindo:
- A minha, já é velha, já não dá grelo… não senhora….
CATURRICES
Que dizer da velhice ?? Mais propriamente da modificação de comportamentos motivados, quer pela idade quer por uma qualquer doença vascular ou ainda pela própria personalidade ??
Coisas insondáveis….
Recordo-me agora de um filme de nome “Duplex” em que todos estes ingredientes fazem dele uma comédia agradável, onde alguma marginalidade e conivência são a “pedra de toque” para um comportamento de uma (inicialmente…) agradável velhinha, que….. bom, bom !!! o melhor é irem procurar o respectivo dvd !!!
Mas de uma ficção à realidade pouco vai e ocorre-me agora uma confidência de uma (idosa) vizinha a respeito de uma outra ( já octogenária ) companheira de partilhas, porta com porta. A primeira comprava e emprestava-lhe a revista “cor de rosa” e a segunda partilhava com aquela o jornal diário… e assim sucessivamente. Até que… um dia…
- Olhe lá!!!! Já li o jornal mas há um suplemento que me interessava, será que posso ficar com ele ??
- Está bem…pode… mas então você paga metade do jornal !!!!
A idosa senhora ( que há uns anos atrás tivera um acidente vascular ) antes que de novo lhe desse um “treco-treco” voltou atrás com a intenção e desde logo ( claro ) deixou de ser tão prestativa quanto à sua revista.
- Ai não, que não !!!
- Se queria levar dinheiro por causa do suplemento então… levava-lhe dinheiro por ler a minha revista… ora essa !!!!
Quando esta nos confidenciava esta peripécia, eis que se sai assim:
- Ela é velha é velha mas é muito esperta !!!!!!!!!!!! Sabe bem o que faz….
- É muito agarrada ao dinheiro…. Veja lá que é mouca e usa aparelho mas… não o põe a funcionar para não gastar a pilha…. É mas é muito esperta !!!!
e lá se foi para casa deixando neste écran da vida um filme, não “Duplex “ mas “Triplex” porque o nosso patamar tem três andares.
Geriatrices !!!!
11 outubro 2005
13 abril 2005
ACONTECE....
Domingo a filha Alferes e o futuro genro (também) Alferes, vieram cá a casa jantar, antes de rumarem para as instalações militares onde estão colocados.
Trazendo umas formas para juntamente com a Madalê ( a mãe ) fazerem uns docinhos e coisas assim, estávamos todos contentes por dar, mais uma vez, uso ao novo forno ( por acaso a gás ) e pôr à prova as suas capacidades ( do forno ) e qualidades (das pasteleiras ). Vai daí, empenharam-se a fundo e eis que em pouco tempo estava-se a ligar o dito.
Aos primeiros toques do acendedor....népia....pas de gás... pas de chama!!!
Como é norma nestas coisas, ei-las a chamar pelo Fadalê (o pai, moi même ) para que acorresse a uma possível anomalia que impossibilitava a chama.
Liga e desliga a torneira do gás... verifica o interior do forno... volta a ligar e a desligar a dita... mais umas isqueiradas e...népia... pas de chama...pas de gás.
O futuro genro juntou-se à comitiva e todos com o livro de instrucções em aberto, há que rever os passos, procedimentos e até... repetir mais do mesmo.
Voltámos ao princípio.
Depois de intensas lutas com o aparelho e as instruções, com a barriga a dar horas, lá nos conformamos... Não funcionava mesmo, de gás nem cheiro e as instrucçoes a falar em bloqueador automático, que apaga a chama...mais isto...mais aquilo...e porque assim e vai que torna....
Contentámo-nos com o jantarito, uma sobremesa "desenrascada" no fogão e pronto !!!!!!!!!!!
Entramos na semana a pedir ajuda ao técnico, afinal, a cozinha tem só um mês de vida, após as obras...e este só veio cá hoje, pela manhã.
O que mais nos intrigou foi o facto de, após oito dias de ausência, termos posto tudo a funcionar menos o fogão.
O técnico veio, viu e ouviu e depois.... levou-me 17,85 Euros pelo lapso de não abrir uma torneira de gás, que se manteve escondida por um tabuleiro de roupa mas, principalmente, esquecida na nossa mente.
12 abril 2005
Viagem1: Esta imagem é tipicamente portuguesa. A estrada está muitos metros para cá da objectiva e tem rumo ( em paralelo com a Ria ) para Estarreja, vinda do Furadouro. Os barcos obedecem a outra sinalética que não esta.... A única coerência na imagem é que... a Tradição ainda é o que era... Cuidado!!!! Piso molhado....
11 abril 2005
10 abril 2005
FORA DE CASA
Foram quase oito dias de descanso e fuga às obras, aos acabamentos das ditas na casa, ao barulho do aspirador, do berbequim, do toque da campaínha, sei lá.... etc...etc...
Foram quase oito dias de refúgio na paz e sossego de um "santuário" que normalmente oxigena os meus fins de semana.
Posso-vos dizer que a paisagem é linda, calma, serena...
As águas fazem parte de uma enorme mancha lagonal merecedora de protecção florestal e natural e ainda reserva biológica, poiso de aves migratórias e de algumas que, mau grado a sua condição natural de "viajantes" se deixam cativar pelo clima e condições oferecidas e cá ficam.
A mancha florestal lá está...
O rural funde-se até ás entranhas com o piscatório permitindo, ainda, que de permeio se imponha a área florestal da vegetação ora estreita, espessa e rasteira, ora ainda altiva e frondosa onde imperam "velhíssimos" pinheiros, mansos como a fauna que a habita, altivos como a história que bem poderiam contar... Quantas gerações seriam contidas no seu contar e memorial ??!!....
Olhai os lírios dos campos... assim reza o título da obra. É vê-los... lindos e a florir, papoilas, miosótis, lilazes e mimosas, chorões a a abarcar o chão de areia como que a tapar e proteger os seus grãos de seca e dor maior.
Posso-vos dizer que vi o "Colhereiro" nas águas plácidas do lugar. Altivo, branco e de bico comprido e a característica ponta achatada do bico que lhe dá o nome. Sem binóculos, podia bem ser uma Garça, uma Cegonha ou uma qualquer outra pernalta... mas não.... lá estava na companhia destas mais a dos Flamingos.
De não esquecer os Patos bravos, os Galeirões, Corvos e outros quejandos, do maior ao mais pequeno, cada qual com a sua côr e função a emprestar pinceladas nesta tela já de si tão rica e tão oferecida.
Os coelhos não se avistam mas... por onde se passa lá encontramos as suas luras e rastros e o esgadanhado de suas patas em procura do come-come e... claro está... as respectivas caganitas. Lamentavelmente até uma raposa vi, mas morta, na estrada que lhe atravessava os campos e matagais da sua caça.
Tudo isto e mais o gado e mais os cães e as rolas, tentilhões, pintassilgos pombos e pardais, que nos dão vontade de perguntar por mais.
Também vos posso dizer que este ano, mais que os demais, estão cá em grande número ( pelos vistos a crescer depois de uma debandada de anos ) os "Milheireiros" também conhecidos ou chamados por "Abelharucos".
Estas aves encerram em si todo o explendor cromático que emana destas terras ( e porque não, destas gentes...) e que tão egoistamente dá vontade de calar e não partilhar.
Os azuis do peito com os verdes do ventre e ainda os amarelos acastanhados do dorso mais aquela côr e aqueloutra e ainda outra que as suas penas reflectem por força da luz solar e o canto redondo a anunciar o fim de dia apoiados nas linhas telefónicas e eléctricas.
E que dizer do tentilhão mais seu belo canto ?? e do melro ??
E que dizer, nestes tempos de Abril, do cantar longínquo do Cuco ?? Muitos... bastantes mesmo !!!!
Enfim... estaria aqui o tempo que fosse preciso para meu deleite a falar deste meu lugar.
Para ele muitos demandam para as suas férias para usufruto de uma mar e praias que lhes acastanhe a cór da pele... só isso. A verdadeira riqueza e pormenor do lugar escapa-se-lhes ao olhar como a areia se lhes escorre das mãos e desaparece.
Ainda bem... fiquem com a tez morena para mostrar aos amigos que eu enterneço o meu olhar guardando todas estas carícias que a Natureza me propicia e acalenta o entusiasmo da próxima visita.
Como referência, dir-vos-ei que o Monte do Paio está lá nessa área protegida e que actualmente serve de apoio pedagógico às escolas e espaço lúdico-rural, onde ainda agora vi, crianças enturmadas a passear e a sorver os ensinamentos da mãe-terra, todos alinhados nos seus chapéusinhos encarnados cercando as respectivas monitoras com seus olhares sedentos de saber, coloridos de inocência e brilho de futuro a cintilar alegres.
27 março 2005
27 de Março
Foi um jardim bem tratado, cheio de flôres lindas e de rebentos novos e prometedores.
A promessa da nossa felicidade começou a concretizar-se nesse momento ( após um 1976 matrimonial e mesa de projectos humanos e familiares ) quando despontou o "nosso" primeiro rebento.
Hoje, 27 anos depois, aqui nos curvamos e nos recuperamos no imaginário colorido de um crescer até à flor que hoje é.
Parabéns Inês...
Muitos beijinhos dos papás babados
Fadalê's
25 março 2005
Dia do Pai
O de pendor comercial onde a única filiação possível se regista na oferta e na procura, sob a égide do Consumismo e da Publicidade, casamento "mais-que-perfeito" abençoado com tão profícuos partos, maternizados aos balcões de cada uma das lojas, das muiiiiitas que se engalanaram para o efeito.
O meu, não foi excepção. Com a cumplicidade de uma irmã longínqua, a filha de cá ( com o suporte materno) engendraram uma ideia prática e adequada que corporizou a "lembrança" daquele dia.
Para as minhas pedaladas, um cantil mochila XPTO... para l,5 litro de líquidos... que bastem para os meus habituais kilómetros "pró-saúde" que complementam a medicação que me traz muito "certinho e afinadinho". Sim senhor..... gostei muito e vou usá-la com muito gosto.
Não renego, portanto, a ocasião. Lembro-me, isso sim, de todos os outros dias de Pai, para trás, e anseio d'aqueloutros, para a frente, que espero sejam, ainda, muitos e muiiiitos bons.
As minhas filhas, têm-nos proporcionado ( agora somos dois dias... O Pai e a Mãe ) os melhores presentes que se possam pedir e imaginar....
Uns elos fortíssimos familiares, de grandes afectos e reconhecimentos assentes numa célula compacta, coesa e protectora, que ainda se dá pelo nome FAMÍLIA.
Nesse contexto, cá estamos todos os dias a celebrar e a lembrarmo-nos de uns.. pelos outros.
Todos os meios servem. A Net serve, o telefone serve, o abrir da porta de casa ( surpreeeeesa...cheguei ) serve, uma côr, um cheiro, um objecto, sei lá.... tudo serve.
Neste dia do Pai, que passou, tive dois presentes maravilhosos.
A filha mais nova ( dá-me licença meu Alferes ??!! ) veio uns dias para casa e inundou-nos de satisfação, alegria e boa disposição.
A filha mais velha ( nem o Atlântico obsta new yorker...) blogou sôbre este dia e ofereceu-me uma fotografia de uma pintura, quanto a mim belíssima, onde tudo está o lá...
O mar de que tanto gostamos.
A catarse da saudade sustentada por uma presença protectora de um pai agarrando filhote numa aventura que é um banho no mar, vencendo "aquelas" ondas enormes que só os olhos meninos conseguem "medir".
As cores e os traços, quase primários e singelos, a transportar as nossas mentes para uma paisagem que igualmente "pintamos" a seu tempo quiçá com que mágoas e incertezas, de um futuro que no presente coleccionamos.
Falta-nos os dias a partir de hoje.... para completar a colecção.
Esses "Cromos" ou essas "Victórias" ainda não estão à venda... A caderneta vai ter que esperar...
Filhotas....
Obrigado e Bem Hajam
"Não há machado que corte
a raíz ao pensamento
Porque é livreo como o vento....
Porque é livre !!!!
Fadalê, com amor
14 março 2005
A música é sempre a mesma....
com marquises e janelas
Ó i ó ai também tenho persianas
Ó i ó ai postinhas por cima delas
... O jantar chama-me pelo que interrompo este precioso momento de poesia
até já !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10 março 2005
Obras
Substitui um anterior ao qual, por razões afectivas vai ficar, umbilicalmente, ligado.
Só falta mais um pequeno passo tecnológico, a desvendar ou a aprender... Já tenho uma voluntária para o efeito.
Por agora, só isto, para depois....
Se verá