03 fevereiro 2008

O QUE PODE ACONTECER EM UMA HORA

Colateralmente ao tema desta crónica apenas uma pequena observação... O barco amarelo.
Sei eu quem apreciará a foto, tal como aprecia um carro amarelo, um avião, uma roupa, um tema qualquer em que o amarelo predomine e mesmo até um "casaco amarelo".
Não digo quem mas outros que me lerem saberão de quem falo !!
Agora sim, o tema.
Novembro de 2007, Olhão, em um dia de completa invernia com vento, chuva e frio, cerrado de cinzento até ao anoitecer.
Saímos do parque de campismo para uma ida ao mercado à procura de alimentos frescos e do inevitável "pexinho" para a grelha e depois uma ida à baixinha para a tradicional voltinha para sorver o ritmo do comércio, uma ida á farmácia, mais um totoloto, etc, etc.
Éramo quatro. Os amigos Isabel e Cristóvão e este Próspero mais a sua Cidália apetrechados de impermeáveis, guarda-chuvas e carolice suficiente para enfrentar a intempérie.
Pois no espaço de cerca de uma hora concluimos que Olhão é uma terra que dá dinheiro, por isto:
Depois da mercadagem peguei nas compras e levei-as para o carro enquanto os restantes se entretiam a "ver a banda passar". Logo à saida do mercado, no passeio, com tanta gente a correr de um lado para o outro com uma chuva "pegadinha" havia eu de encontrar uma moeda de 1 cêntimo a olhar p'ra mim... Não me fiz rogado, apanhei-a.
Na moeda "macaca" são dois escudos e dei comigo a pensar... Grandes vidas... já ninguém se abaixa para apanhar uma "negra".
Depois de arrumar as comprar atravessei para o outro lado da rua por ter visto uma farmácia e nela procurar uma pomada de que havia precisão.
No regresso, ao passar por uma esplanada quem me estava a chamar?? Imaginem... a irmã mais velha da primeira moeda, uma outra de 10 cêntimos. Humm, a coisa está a compôr-se... de dois para vinte escudos na dita "macaca".
Ao chegar juntos dos companheiros dei conta da façanha e com a boa disposição que o caso impunha, deixei no ar a frase "isto está a compôr-se"... e fomos baixinha adentro ao resto dos afazeres. Eis senão quando, com alguma destreza, a amiga Isabel apanha do chão outra moeda, esta um pouco mais abonadinha... 20 cêntimos... isso mesmo... mais 40 escuditos.
Não deixamos de rir e glosar com a situação.
- Bom, disse um de nós, agora só falta a Cidália e o Cristóvão cumprir o seu papel e apanhar mais um metal (vil, só por ser pouco, claro) para a coisa ficar mesmo composta.
Neste ponto da conversa vimos uma outra farmácia, onde entramos, por causa da tal pomada. Em boa hora o fizemos. Desabou tamanha chuvada (daquela tocada a vento e grossa) que até fazia fumo na rua, imaginem, e tão persistente foi que esperamos um pouco e quando abrandou, eis-nos de novo na rua.
Sol de pouca dura, com apenas uns passos dados nova descarga (se não pior, pelo menos igual à anterior) que nos obrigou a correr e o sítio que melhor nos pareceu para abrigo, foi uma igreja, para a qual sprintamos.
Pois... aqui deu-se de novo uma situação mui sui generis... Não é que a Cidália também encontrou uma moeda ?? E sabem de quanto ?? Dois €uros.... quatrocentos e tal macacos... assim, de uma rajada, pas, pas !!!!
E por exclusão de partes, entre molhas e gargalhadas, lá sentenciamos: - Agora (e já agora) só falta o amigo Cristóvão fazer o gosto ao dedo e apanhar algo, mas atenção.... por este andar vai ter que ser uma nota, tal a escalada... (risos)...
O resto da manhã passou-a de olhos no chão, a chuva continuou a fustigar as ruas e nós tivemos tema de conversa para o resto do dia por ele não ter encontrado a razão desta recordação.

1 comentário:

∫nês disse...

Xou eu, hihihi :)