O Ti'Manel é um castiço companheiro de campismo, alentejano de quatro costados, tendo como berço as terras bejenses.
Beja e outras cidades deste belo Alentejo, ainda hoje são rotas de caça para os intrépidos guerreiros de camulfulado e merendas, que a tudo atiram e a nada acertam, porquanto a caça, ( essa devastada em parte por incêndios e por outra por razões que escapam ao comum do cidadão mas que incita, nomeadamente à caça clandestina ) vai-se esgotando. Destes dias nem vale a pena falar... de cegonhas a garças e a passar por outras espécies, sabe-se que nehuma escapa ao "chumbo" de alguns...
Vale a pena é falar dos tempos de caça da infância do Ti'Manel, que do alto dos seus setenta e tal anos ( oitenta ?? ) se remete para os seus 15/16 anos, tempo de ser "mochileiro" dos senhores de Lisboa que para lá se deslocavam nas suas caçadas. De pessoas muito importantes a ministros da época (Américo Tomáz...para quem se lembre ) nenhum dispensava o serviço destes "mochileiros" e estes, para atalhar à fome e á míngua daqueles dias acorriam solícitos.
Então... o jovem Manel "mochilava" um desses importantes caçadores, com o sol a romper, a caminho das portas e terrenos favoráveis à investida, quando uma perdiz se levantou...
A tiro certeiro lá ela se embrulhou e caiu mais à frente, apressando-se o caçador a orientar o mochileiro para a apanhar mas este, o nosso jovem, logo lhe fez sinal para não se mexer !!!!
Pois é !!! Mesmo ali quase a seus pés, arrochado, estava um lebrão, belo exemplar da espécie, que petrificado se acoutava na sua camulfulagem. Sim senhor !!!! Um enorme lebrão.
Como mandam as regras era preciso levantar o animal, dar-lhe espaço de corrida e dignidade de morrer e só então se levantava a arma e se dava tiro.
- Oh moço !!!! Atira-lhe uma pedra e levanta-o.....
Assim o fez este "mochileiro"... Atirou a pedra... que cortando os ares... foi bater certeira no animal. Quando todos esperavam o salto e corrida este, sem perceber o que lhe tinha acontecido, levou uma pancada na cabeça e ficou-se logo ali, finado !!!!
- Olha !!!! o bicho nã se levantou !!!!
O mochileiro pegou no animal e levou-o ao caçador.
- Olhe... pegue lá !!!!!
- Não senhor !!! Eu, matei a perdiz.... Esse animal é teu !!!! Leva-o... foste tu que o mataste.
Nesse dia a família do "mochileiro" aconchegou-se melhor à lareira e fez repasto confeccionado no gesto do caçador.
Beja e outras cidades deste belo Alentejo, ainda hoje são rotas de caça para os intrépidos guerreiros de camulfulado e merendas, que a tudo atiram e a nada acertam, porquanto a caça, ( essa devastada em parte por incêndios e por outra por razões que escapam ao comum do cidadão mas que incita, nomeadamente à caça clandestina ) vai-se esgotando. Destes dias nem vale a pena falar... de cegonhas a garças e a passar por outras espécies, sabe-se que nehuma escapa ao "chumbo" de alguns...
Vale a pena é falar dos tempos de caça da infância do Ti'Manel, que do alto dos seus setenta e tal anos ( oitenta ?? ) se remete para os seus 15/16 anos, tempo de ser "mochileiro" dos senhores de Lisboa que para lá se deslocavam nas suas caçadas. De pessoas muito importantes a ministros da época (Américo Tomáz...para quem se lembre ) nenhum dispensava o serviço destes "mochileiros" e estes, para atalhar à fome e á míngua daqueles dias acorriam solícitos.
Então... o jovem Manel "mochilava" um desses importantes caçadores, com o sol a romper, a caminho das portas e terrenos favoráveis à investida, quando uma perdiz se levantou...
A tiro certeiro lá ela se embrulhou e caiu mais à frente, apressando-se o caçador a orientar o mochileiro para a apanhar mas este, o nosso jovem, logo lhe fez sinal para não se mexer !!!!
Pois é !!! Mesmo ali quase a seus pés, arrochado, estava um lebrão, belo exemplar da espécie, que petrificado se acoutava na sua camulfulagem. Sim senhor !!!! Um enorme lebrão.
Como mandam as regras era preciso levantar o animal, dar-lhe espaço de corrida e dignidade de morrer e só então se levantava a arma e se dava tiro.
- Oh moço !!!! Atira-lhe uma pedra e levanta-o.....
Assim o fez este "mochileiro"... Atirou a pedra... que cortando os ares... foi bater certeira no animal. Quando todos esperavam o salto e corrida este, sem perceber o que lhe tinha acontecido, levou uma pancada na cabeça e ficou-se logo ali, finado !!!!
- Olha !!!! o bicho nã se levantou !!!!
O mochileiro pegou no animal e levou-o ao caçador.
- Olhe... pegue lá !!!!!
- Não senhor !!! Eu, matei a perdiz.... Esse animal é teu !!!! Leva-o... foste tu que o mataste.
Nesse dia a família do "mochileiro" aconchegou-se melhor à lareira e fez repasto confeccionado no gesto do caçador.
4 comentários:
Que bom, vejo que já voltou à escrita!
O seu público agradece!
Beijinhos da Ivone
Obrigado. O meu público, por muito pequeno que seja é credor do meu obrigado pela atenção emprestada. Ao meu leitor "preferido" um beijinho e um xi-coeur.
Leitor preferido!? Então, comé?!
Anda aqui a Je sempre a botar comentários e o prémio vai para a outra?
Não tarda nada peço ao mochileiro que mande uma pedra para te levantar, heheh :P
Essa está boa Fatinita, mas.... a "preferida" para além de ti ( scmack :) ) é "sobrinhadamente" transcendental. Aliás, elas, são as "preferidas" que me praxaram em Setúbal. Quanto à praxe, que te expliquem... foi tão bom e retemperador....
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