Não há duas sem três e com esta nota espero terminar a saga, apresentando os "artistas":
Eis o SUTRA... um corredor nato.
Como o outro são novos mas nunca vi um como este raposinho. A sua energia, se fosse transformável em potência daria para ligar as luzes de Santo André durante horas.
De carácter dominante em relação ao outro nunca se deixou secundarizar nas corridas, nas brincadeiras e no "corre-ao-prato", nova modalidade de acertar num prato, não no ar mas quando ainda "estava" a aterrar da mão amiga, para o chão. E os saltos que dava em plena correria, por entre a vegetação ?? Mais de um metro, sim senhor, e em passo de corrida.
Foi também o mais desinibido e curioso do par e também o que rápidamente se adaptou ao nosso usufruto da sua presença. Por último despontavam em si os apetites "sexuais" pelo que, mais por instinto do que evidência física, qual automato, se punha em cima do companheiro e vá de... truca-truca. E não perdia tempo nos treinos, era sempre que podia e se lembrava. Daí o ter sido por mim apelidado de Sutra.
Este amigo aqui é o KAMA, o meu pacholinha côr de palha, que não sei porquê me parece ter artes de coelheiro, se bem que de caça não pesque nada, mesmo nada. Aliás ficou-me a ideia de que estes animais teriam sido destinados para isso, não sei, e se calhar o "amor" por eles terminasse logo aí, no incumprimento de dever.
Calmo e pacato, seguidor de estímulos e iniciativas do seu companheiro, nunca esteve para se consumir. Alinhava nas brincadeiras lideradas pelo Sutra, ficava-se na "concha" quando abordados por outros cães e uma vez, até, se calhar pelo tamanho daquele pastor alemão ( tão novo qanto eles ) guardou os "berlindes" sob a cauda e puxando orelhas para trás desarvorou numa correria até ao parque, interrompendo uma saída ao mar e à areia. Com o passar do tempo ( e da fome ) de quando em vez "mostrava os dentes" na hora da mastiga, mas nada de especial.
Demorou mais tempo a perder medo e a acolher o nosso chamamento e quando o fazia denotava uma desconfiança instintiva, assim como se fosse levar pancada ou castigo certo. Já para o fim, quando o chamava, embora sempre em segundo, já se levantava nos traseiros e "prendava-me" com um saudar de patitas, assim como quer quer dar um abraço, percebem??
De sexo nada queria saber e tanto se lhe dava, como deu, que o Sutra o encavalitasse nos seus gestos iniciáticos, quase imberbes. Olhava para ele de soslaio e embora "sacudido" deitava-se, tal como na imagem, como quem dizia: - Deixa-me ao menos aproveitar o embalo para adormecer, tsst tsst tsst....
E assim encerro a saga de um inesperado KamaSutra de Santo André.