19 abril 2006

ESPAÇO AZUL

Poderão os mais perspicazes deitar o título desta crónica para um entendimento desportivo pelo facto de o meu clube estar prestes a vencer (mais um) o campeonato nacional de futebol da Primeira Liga, espalhando o seu azul (e o branco, claro) pelos céus do nosso contentamento e do deste cantinho luso, ultimamente ensombrado por umas nuvens… um enevoado e uma claridade própria da Páscoa e da altura do ano.

Desenganem-se, pois, os mais afoitos.

Espaço azul tem a ver com Setúbal e periferia, tem a ver com tradição e reencontro, com as férias escolares e profissionais dos familiares que recebemos em nossa casa durante estes últimos dez dias.

Após a nossa ida ao Norte eis que a moeda de troca “rolou na bancada” e saldou contas.

Entre uma visita e outra espaçaram (pasme-se) … um dia… isso mesmo…um dia e quando os recebemos parecia que não estávamos com eles “desde ontem” mas sim há bastante tempo, tal a alegria e a satisfação do reencontro.

Pois bem:

Foram a irmã Nídia mais o cunhado Duarte o sobrinho “engenhocas” Mané e a “pigoita” sobrinha Sara (Covinhas…para os mais chegados) a pedra de toque destes excelentes dias.

O que fizemos ?

Os dois primeiros dias serviram para o descanso do guerreiro. Duarte o “cavaleiro do asfalto” desta feita andou sempre a pé, passeando e visitando esta sala de visitas do Sado, rio de nossa afeição e antecâmara de um Alentejo que nos haveria, igualmente, de acolher. Não deu assim “trabalho e de comer” aos cavalos da sua viatura e pôs de lado a engenharia química que o faz rodar pelos quatro cantos, peninsularmente Ibéricos.

Convívio com a Família… com os filhotes… Descomprimindo e recuperando, partilhando (às vezes consigo próprio) do sossego e da calma do momento e, claro está, da nossa satisfação em os ter cá.

Gizamos planos que puderam ser elaborados a contento, a saber: - Uma visita à Sesimbra piscatória e turística (outra sala de visitas) ....


uma ida ao Cabo Espichel (com tanto de magnífico como de abandonado)



e um regresso pela lindíssima Serra da Arrábida, dama de longas saias em cujas faldas se anicham os mais belos recantos de paisagem natural, praias e por
tinhos para deleite dos passeantes….

Uma aventura no Rio Sado para a observação dos golfinhos e paisagem envolvente…


Uma ida ao Alentejo onde, na orla marítima entre Santo André e Sines se encontra no Badocas
Park a iniciação a África e sua fauna

(mais que a flora, presumo) ou à evocação dessa mesma África para os que nela estiveram e viveram (cultivando, segundo dizem, uma saudade e uma memória inigualáveis) … e por último (mas não menos importante) uma ida a Lisboa para uma visita ao Planetário Calouste Gulbenkian

onde uma nova tecnologia de projecção permite dar-nos a conhecer melhor os céus de Portugal e a mais variada temática do Universo, conforme os programas do dia. De qualquer forma, uma preocupação didáctica para que os nossos sobrinhos assimilassem novas informações e conhecimentos (ou reformulação destes).
Fizemos tudo isto, cumprimos o “programa” mesmo com relativa ajuda do tempo e ainda nos sobrou tempo para “abrir o casino” com sessões (após o jantar) do “Eleven” a obrigar-nos a uns bons momentos e onde a Covinhas mostrava a sua perícia em acabar o jogo e nós a contarmos os pontos na mão…a somar aos anteriores…
Quando partiram, ficamos felizes por os ver igualmente satisfeitos e prontos a enfrentar de novo o ritmo da escola, de casa e do trabalho, respectivamente pensando já em novas aventuras.

Foi bom… voltem sempre.

2 comentários:

Anónimo disse...

Que bom que voltou ao activo!
:-D

Beijinhos

Ivone

∫nês disse...

Também queeeero! :P