12 março 2006

Ainda os trinta anos....

Que dizer destes festejados trinta anos de casamento que ocupou já uma "letritas" neste espaço e no da filhota Fatinita??
Tudo e nada. Sim, digo isto porque toda a sua cumplicidade ficou aqui (e lá) registada em palavras, fotos e gestos.
De todas as lembranças foi, quiçá pela distância ( Boston não é ao virar da esquina ) e pela ausência ( por isso não se voa por dá cá aquela asa :) a mais marcante e afectiva. Um momento imparável.
Todavia, e porque a nossa outra filhota ( a de cá ) tinha agendado para sua casa um almoço de fim de semana a comemorar ainda o evento e em encerramento das festividades, não imaginavamos nem sabíamos o que ( mais... ) nos esperava.
O enredo era simples. Porque estivemos fora na data festiva, própriamente dito, faríamos o almoço no sábado seguinte ( ontem ) em ambiente familiar e recatado, privando com a nossa já Tenente mais o seu Alferes ( casados civil e militarmente ) ... na intimidade familiar. Estão a ver ....
Apenas uma amiga comum estaria presente. A TéTé ... e mesmo a sua presença chegamos a por em causa, nao por não a querermos mas pelo simples facto da sua filhota fazer anos nesse dia e com uma netinha ( linda Leonor... ) de leite admitirmos a sua presença naquele e não no nosso evento.
Mas a TéTé veio ao nosso festejo ( pensamos que o jantar seria na filha, a compensar...) e foi logo directa para casa da Eduarda e do Eurico e a filhota logo nos ligou:

- Venham daí porque a Teresa já cá está!!!!!! veio logo para aqui...

Assombro nosso...

- É porque trouxe carro... boa... de Lisboa aqui... arrojada mesmo....

E lá fomos para o quartel dos nossos filhos militares, prontos para a "guerra" que é como quem diz... garfo!!! firme.... colher!!! sentido.... apresentaaarrrrrrrr!!!! faca..... olhaaaarrr copo!!!! direitoppp.....

Foi ao entrar em casa que a "revolução" aconteceu !!!! A seguir ao habitual e rasgado sorriso da filhota ( e ar cúmplice do Eurico maridão ) e franquear de portas até à ( fabulosa ) sala de estar... a TéTé lá estava... e de repente apareceu o Eduardo dela!!! ( carinhosamente apelidado de Balholha e avô Cocas ) e... logo a seguir o Rucas genro deles!!!! e... a Cris!!! mais sua Leonor ( NôNô para os mais íntimos...sim... porque bébé tem as suas exigências...) .
Fantástico... os nossos queridos amigos de Lisboa estavam cá por via da astúcia da nossa filhota que em absoluto sigilo nos negou a antecipada alegria de os ter...... Exultávamos de alegria e de surpresa.
Se fosse possível visionar a cena em câmara lenta veríamos os sorrisos e as cores abertas de todos, congestionados pelo factor do inesperado e em absoluto vergados sob o brilho dos olhares... e os movimentos lentos dos efusivos abraços e afectos... que dia lindo ia ser aquele.
De repente, um som familiar...
Queridos!!!! E nós também cá estamos!!!!!
E a Ci ( a minha metade ) a dizer, estupefacta... Dina... Armandina!!!!!!!! e eu parvo já de todo ainda a recompôr-me de uma e a entrar noutra, vi a Dina.... O Melo.... a Rosarinho ( umas das lindíssimas filhas deles ) ... e a fechar a oitava maravilha que foi aquele encontro... a Teresa do Espigueiro !!!!! Não queríamos acreditar !!!!!
Os nossos amigos de Gondomar... os nossos fraternos e queridos amigos de Gondomar ( ainda a expensas da diatribe da Eduarda ) vieram a Setúbal para privar, enriquecer e dar um novo tom ao dia que preconizávamos.
A apoplexia foi total... Incrível... Como foi possível...
A presença de todos estes amigos foi uma prenda fantástica, assim como a sua alegria e participação.
A gastronomia desse dia foi memorável. Os nossos filhos foram incansáveis: madrugaram, cozinharam e sociabilizaram como ninguém.... foram inexcedíveis. O empenho a mestria e a VOSSA dedicação não tem preço em lado algum.
Uma particular ênfase ao trabalho do Eurico na confecção daquela cozinha e doçaria impressionou-me. Aliás.... impressionou toda a gente se bem que se sabe o quão boa és igualmente nas questões da cozinha. Filha de peixe.....
Tal como todos os Gauleses fazem ( nos livros de Astérix ) o dia correu sem pressas e quando a noite veio, em torno de um luxuriante fogo ( amor, amizade e gosto de viver ) contaram-se, cantaram-se e interiorizaram-se todas as coisa boas que a vida nos reserva e acrescentamos mais um elo à fortíssima corrente que nos une.
Bem hajam a todos por tudo e... por nada. Foram insubstituiveis
e indispensáveis.
Pinchuça - Tenente.... Não há palavras nem nada que faça encontro de contas com a tua audácia e engenho. Com a tua boa disposição e bondade deste-nos ( também ) uma belíssima prenda, com a ajuda do teu Alferes. MUITO OBRIGADO.
De nós para vocês todos um abraço do tamanho do mundo.
Até sempre...

2 comentários:

Anónimo disse...

Nem mil jantares desses com inimaginaveis surpresas seriam capazes de demonstrar o quanto vos amo e vos agradeço por tudo o que me deram e fizeram...quando o exemplo vem de casa fica fácil preparar pequeno mimos.
Mais uma vez os meus/nossos (meus e do meu Alferes do coração) parabens pela feliz data e que a felicidade, amor, companheirismo, amizade e transparencia vos acompanhe por muitos e longos anos.
simplesmente amo-vos!!!
vossa filhota e genro.
:)

∫nês disse...

Fiquei emocionada com tão comoventes palavras.
Consegui ouvir a voz do Fatinito nas palavras e os espantos da Madalê ao vislumbrar os Amigos. Adivinhei os sorrisos e o brilho nos olhos de todos, o orgulho da Crespita e do Eurico (que foram ESPECTACULARES!).
Que felizes somos!! Constatarmos que os verdadeiros sentimentos se sobrepõem a distâncias e elos de família. Não importa quem nem onde, mas sim o bem querer que a todos nos une.
Amo-vos infinitamente e é infinita também a minha felicidade, por vos ver tão felizes.