19 abril 2006

ELES...NO ESPAÇO AZUL


Este é o Mané… carinhosamente, por mim, apelidado de Tangas.
Filho de profissão… sobrinho por hierarquia, “engenhocas” por excelência para além de filósofo, informático, projectista, adivinho, senhor da razão e de todos os argumentos com uma grande capacidade para “fazer” filmes e ainda com uma enorme capacidade para viroses. Como em tudo, é generoso quanto baste e por isso proporciona à família duas por ano: Uma em Maio e outra em Outubro… Coincidência (ou não) são as alturas das notas e resultados escolares.

Senhor de frases impressionantes estabeleceu um novo máximo quando me disse:

- Ena Tio…. Só de te ver a fazer esse gesto de levantar o boião da água… fiquei com uma dor nas costas….
Nota: tratava-se do recipiente que levamos para a mesa.
Sempre soube da sua enorme vontade de trabalhar e capacidade empreendedora mas, tanto…. Não!!!
Ainda por vocação, é um excelente “turista de sofá” e não há “sofaómetro” que consiga avaliar as viagens e os destinos por ele protagonizados naquele tipo de locomoção. Bahh… fantástico.


Em primeiro plano a Sara.
Carinhosamente apelidada de Covinhas por todos, e de Pigoita, por mim.
Ágil que nem uma gazela, com uns lindíssimos olhos castanho esverdeados será, num futuro não muito distante, um quebra corações para todos os pretendentes da redondeza. Igualmente filha de profissão… sobrinha por hierarquia, tem um poço de ternura para dar e vender e é ainda possuidora de uma vitalidade tal que, as pilhas Duracell, à sua beira, são meras bombinhas de rabear das festas de S. João.
É igualmente uma (mas não tanto) adepta do “turismo do sofá” e é certo que uma televisão ligada a “cola” ao piso.
Causa saudades a qualquer um… e a qualquer um causa dissabores de primeira ordem quando, senhora das cartas, nos arrasa com as suas jogadas de mestre no “eleven“ que nos deixam de olhos em bico ( e não somos asiáticos ) e pontos no papel.
Embora com bastante poder de argumentação não suplanta o seu mano mas os dois, juntos, seriam (sempre) um caso sério na Assembleia da República e onde fosse preciso por os “cabelos em pé” aos mais afoitos políticos.
Incondicionalmente adepta das telenovelas, curte a que tem morangos como ninguém e até se mostrou surpresa e afectada com o desaparecimento de um dos (jovens) actores num acidente de viação.
tAMBÉM ELA teve o seu momento alto quando, no Badocas Park (ao mostrar-lhe uma foto minha tirada por ela) me disse: Ó Tio?! Não gosto nada dessa… pareces tó-tó !!!! A terminar, uma constatação: ela e o “engenhocas” do irmão fazem os da luta livre parecerem bebés de infantário… ah, ah, ah….

Ora cá estão os papás dos meus “mafarriquentos” e queridos sobrinhos !!!!

Cunhado Duarte, amigo, o povo (nós) está(mos) contigo e reconhecemos a tua enorme paciência e disponibilidade assim como a grande capacidade para enfrentares o “muro de argumentações” que estes malandrecos constroem em torno de questões importantíssimas com que se degladiam…
Toda a gente fica a saber que já ganhaste o Nobel-Paciência em 2005 e o da Disponibilidade em 2006 e te aprontas já, nos treinos, para 2007 J

A Covinhas é mais assim: - Oh Pai, olha o Mané que não me deixa jogar na PSP dele… ou então… O Mané não muda o canal para o coiso dos morangos !!!!!
O meu querido Tangas é mais assim: - Sara… deixa-me ver esta “cena” porque coisa e tal é que está a dar e tu não precisas de ver isso !!!!!

Aí, com todo a calma, carinho e paciência deste mundo, impõe-se o Duarte com a lapidar frase: - Não inventes, Mané !!!!... que normalmente “arruma” as questões.
Para além destes “graves” problemas ainda tem que lidar com outros de menor importância (??:)) que o levam (de calda química em mão, lol ) aos quatro cantos desta ibérica península a espalhar a palavra (e a calda) do senhor (seu patrão) esperando avidamente que se consuma o milagre das “rodas” pela conquista e evangelização de novo apóstolo para as terras de além Madrid a caminho de Barcelona, que começam por um Z e terminam em …Goça….

Estou mesmo a vê-lo de saco no regaço, ouvindo!!: - Dizei-me D.Duarte que levais aí, ao regaço, nesse saco tão fecundo ?? ao que ele responderia… Nada, senhor meu chefe e meu patrão!!!! São quilómetros… senhor… são quilómetros que eu poupei nas minhas rotas do mundo !!!!!! Graças à conversão do discípulo à palavra de vossa Senhoria!!!

E a minha querida mana ?? Que dizer da nossa Nídia, Nidocas para os mais íntimos…


Um pouco menos paciente que o seu par, gasta mais umas “palavras a abater” para obter consensos nas discussões e oposições dos mafarricos mas lá consegue levar a água ao seu moinho.
Tendo uma certa capacidade para delegar a resolução de alguns problemas e funções no seu extremoso esposo não é menos verdade que gere uma grande empresa de logística, que a leva a alguma exaustão… Veja-se a LevAscola.Trans a rodar semanalmente entre a sua casa e as escolas dos “chavalitos” para se cumprirem os compromissos com a sua outra empresa, esta de catering, a ComamLá.Rest por forma a estarem alimentados a tempo e horas escolares.
De permeio, a lide dos escritórios centrais destas empresas… a manutenção do espaço Zoo que embelezam o ambiente, quer em fauna ( dois gatos; um canário; dois aquários ) quer em flora (plantas, mais plantas). Isto, sem falar ainda do cargo de Relações Públicas que detem na firma ManeSara.escol e que a leva com alguma frequência ás reuniões escolares dos seus “pupilos”. Uma canseira !!!!!!
A CEE proibiu agora o azeite em galheteiro e anteriormente, a colher de pau no serviço alimentar e porque a Nidocas já não pode distribuir “galhetas” (conteúdo do galheteiro) contrariou a normativa e… ficou com as “colheres de pau” com as quais vai resolvendo as questões mais difíceis, dando “de comer” aqui e ali, ora a um ora a outro (quando não os dois) resultando num tempero equilibrado, que nem os comensais contestam J

Diverti-me imenso com todos eles e espero que se tenham divertido connosco e agora noto que me diverti igualmente a fazer esta narrativa, que espero seja tão gostosa de humor a ler como o foi para mim ao escrever.

Gostamos muito de todos eles e assim homenageio a sua condição familiar e amiga.

Não invento mais…

Gosto muito de vocês…

ESPAÇO AZUL

Poderão os mais perspicazes deitar o título desta crónica para um entendimento desportivo pelo facto de o meu clube estar prestes a vencer (mais um) o campeonato nacional de futebol da Primeira Liga, espalhando o seu azul (e o branco, claro) pelos céus do nosso contentamento e do deste cantinho luso, ultimamente ensombrado por umas nuvens… um enevoado e uma claridade própria da Páscoa e da altura do ano.

Desenganem-se, pois, os mais afoitos.

Espaço azul tem a ver com Setúbal e periferia, tem a ver com tradição e reencontro, com as férias escolares e profissionais dos familiares que recebemos em nossa casa durante estes últimos dez dias.

Após a nossa ida ao Norte eis que a moeda de troca “rolou na bancada” e saldou contas.

Entre uma visita e outra espaçaram (pasme-se) … um dia… isso mesmo…um dia e quando os recebemos parecia que não estávamos com eles “desde ontem” mas sim há bastante tempo, tal a alegria e a satisfação do reencontro.

Pois bem:

Foram a irmã Nídia mais o cunhado Duarte o sobrinho “engenhocas” Mané e a “pigoita” sobrinha Sara (Covinhas…para os mais chegados) a pedra de toque destes excelentes dias.

O que fizemos ?

Os dois primeiros dias serviram para o descanso do guerreiro. Duarte o “cavaleiro do asfalto” desta feita andou sempre a pé, passeando e visitando esta sala de visitas do Sado, rio de nossa afeição e antecâmara de um Alentejo que nos haveria, igualmente, de acolher. Não deu assim “trabalho e de comer” aos cavalos da sua viatura e pôs de lado a engenharia química que o faz rodar pelos quatro cantos, peninsularmente Ibéricos.

Convívio com a Família… com os filhotes… Descomprimindo e recuperando, partilhando (às vezes consigo próprio) do sossego e da calma do momento e, claro está, da nossa satisfação em os ter cá.

Gizamos planos que puderam ser elaborados a contento, a saber: - Uma visita à Sesimbra piscatória e turística (outra sala de visitas) ....


uma ida ao Cabo Espichel (com tanto de magnífico como de abandonado)



e um regresso pela lindíssima Serra da Arrábida, dama de longas saias em cujas faldas se anicham os mais belos recantos de paisagem natural, praias e por
tinhos para deleite dos passeantes….

Uma aventura no Rio Sado para a observação dos golfinhos e paisagem envolvente…


Uma ida ao Alentejo onde, na orla marítima entre Santo André e Sines se encontra no Badocas
Park a iniciação a África e sua fauna

(mais que a flora, presumo) ou à evocação dessa mesma África para os que nela estiveram e viveram (cultivando, segundo dizem, uma saudade e uma memória inigualáveis) … e por último (mas não menos importante) uma ida a Lisboa para uma visita ao Planetário Calouste Gulbenkian

onde uma nova tecnologia de projecção permite dar-nos a conhecer melhor os céus de Portugal e a mais variada temática do Universo, conforme os programas do dia. De qualquer forma, uma preocupação didáctica para que os nossos sobrinhos assimilassem novas informações e conhecimentos (ou reformulação destes).
Fizemos tudo isto, cumprimos o “programa” mesmo com relativa ajuda do tempo e ainda nos sobrou tempo para “abrir o casino” com sessões (após o jantar) do “Eleven” a obrigar-nos a uns bons momentos e onde a Covinhas mostrava a sua perícia em acabar o jogo e nós a contarmos os pontos na mão…a somar aos anteriores…
Quando partiram, ficamos felizes por os ver igualmente satisfeitos e prontos a enfrentar de novo o ritmo da escola, de casa e do trabalho, respectivamente pensando já em novas aventuras.

Foi bom… voltem sempre.