Ao mais pintado... digo eu.
Domingo a filha Alferes e o futuro genro (também) Alferes, vieram cá a casa jantar, antes de rumarem para as instalações militares onde estão colocados.
Trazendo umas formas para juntamente com a Madalê ( a mãe ) fazerem uns docinhos e coisas assim, estávamos todos contentes por dar, mais uma vez, uso ao novo forno ( por acaso a gás ) e pôr à prova as suas capacidades ( do forno ) e qualidades (das pasteleiras ). Vai daí, empenharam-se a fundo e eis que em pouco tempo estava-se a ligar o dito.
Aos primeiros toques do acendedor....népia....pas de gás... pas de chama!!!
Como é norma nestas coisas, ei-las a chamar pelo Fadalê (o pai, moi même ) para que acorresse a uma possível anomalia que impossibilitava a chama.
Liga e desliga a torneira do gás... verifica o interior do forno... volta a ligar e a desligar a dita... mais umas isqueiradas e...népia... pas de chama...pas de gás.
O futuro genro juntou-se à comitiva e todos com o livro de instrucções em aberto, há que rever os passos, procedimentos e até... repetir mais do mesmo.
Voltámos ao princípio.
Depois de intensas lutas com o aparelho e as instruções, com a barriga a dar horas, lá nos conformamos... Não funcionava mesmo, de gás nem cheiro e as instrucçoes a falar em bloqueador automático, que apaga a chama...mais isto...mais aquilo...e porque assim e vai que torna....
Contentámo-nos com o jantarito, uma sobremesa "desenrascada" no fogão e pronto !!!!!!!!!!!
Entramos na semana a pedir ajuda ao técnico, afinal, a cozinha tem só um mês de vida, após as obras...e este só veio cá hoje, pela manhã.
O que mais nos intrigou foi o facto de, após oito dias de ausência, termos posto tudo a funcionar menos o fogão.
O técnico veio, viu e ouviu e depois.... levou-me 17,85 Euros pelo lapso de não abrir uma torneira de gás, que se manteve escondida por um tabuleiro de roupa mas, principalmente, esquecida na nossa mente.
13 abril 2005
12 abril 2005
Viagem1: Esta imagem é tipicamente portuguesa. A estrada está muitos metros para cá da objectiva e tem rumo ( em paralelo com a Ria ) para Estarreja, vinda do Furadouro. Os barcos obedecem a outra sinalética que não esta.... A única coerência na imagem é que... a Tradição ainda é o que era... Cuidado!!!! Piso molhado....
11 abril 2005
10 abril 2005
FORA DE CASA
Cheguei !!!
Foram quase oito dias de descanso e fuga às obras, aos acabamentos das ditas na casa, ao barulho do aspirador, do berbequim, do toque da campaínha, sei lá.... etc...etc...
Foram quase oito dias de refúgio na paz e sossego de um "santuário" que normalmente oxigena os meus fins de semana.
Posso-vos dizer que a paisagem é linda, calma, serena...
As águas fazem parte de uma enorme mancha lagonal merecedora de protecção florestal e natural e ainda reserva biológica, poiso de aves migratórias e de algumas que, mau grado a sua condição natural de "viajantes" se deixam cativar pelo clima e condições oferecidas e cá ficam.
A mancha florestal lá está...
O rural funde-se até ás entranhas com o piscatório permitindo, ainda, que de permeio se imponha a área florestal da vegetação ora estreita, espessa e rasteira, ora ainda altiva e frondosa onde imperam "velhíssimos" pinheiros, mansos como a fauna que a habita, altivos como a história que bem poderiam contar... Quantas gerações seriam contidas no seu contar e memorial ??!!....
Olhai os lírios dos campos... assim reza o título da obra. É vê-los... lindos e a florir, papoilas, miosótis, lilazes e mimosas, chorões a a abarcar o chão de areia como que a tapar e proteger os seus grãos de seca e dor maior.
Posso-vos dizer que vi o "Colhereiro" nas águas plácidas do lugar. Altivo, branco e de bico comprido e a característica ponta achatada do bico que lhe dá o nome. Sem binóculos, podia bem ser uma Garça, uma Cegonha ou uma qualquer outra pernalta... mas não.... lá estava na companhia destas mais a dos Flamingos.
De não esquecer os Patos bravos, os Galeirões, Corvos e outros quejandos, do maior ao mais pequeno, cada qual com a sua côr e função a emprestar pinceladas nesta tela já de si tão rica e tão oferecida.
Os coelhos não se avistam mas... por onde se passa lá encontramos as suas luras e rastros e o esgadanhado de suas patas em procura do come-come e... claro está... as respectivas caganitas. Lamentavelmente até uma raposa vi, mas morta, na estrada que lhe atravessava os campos e matagais da sua caça.
Tudo isto e mais o gado e mais os cães e as rolas, tentilhões, pintassilgos pombos e pardais, que nos dão vontade de perguntar por mais.
Também vos posso dizer que este ano, mais que os demais, estão cá em grande número ( pelos vistos a crescer depois de uma debandada de anos ) os "Milheireiros" também conhecidos ou chamados por "Abelharucos".
Estas aves encerram em si todo o explendor cromático que emana destas terras ( e porque não, destas gentes...) e que tão egoistamente dá vontade de calar e não partilhar.
Os azuis do peito com os verdes do ventre e ainda os amarelos acastanhados do dorso mais aquela côr e aqueloutra e ainda outra que as suas penas reflectem por força da luz solar e o canto redondo a anunciar o fim de dia apoiados nas linhas telefónicas e eléctricas.
E que dizer do tentilhão mais seu belo canto ?? e do melro ??
E que dizer, nestes tempos de Abril, do cantar longínquo do Cuco ?? Muitos... bastantes mesmo !!!!
Enfim... estaria aqui o tempo que fosse preciso para meu deleite a falar deste meu lugar.
Para ele muitos demandam para as suas férias para usufruto de uma mar e praias que lhes acastanhe a cór da pele... só isso. A verdadeira riqueza e pormenor do lugar escapa-se-lhes ao olhar como a areia se lhes escorre das mãos e desaparece.
Ainda bem... fiquem com a tez morena para mostrar aos amigos que eu enterneço o meu olhar guardando todas estas carícias que a Natureza me propicia e acalenta o entusiasmo da próxima visita.
Como referência, dir-vos-ei que o Monte do Paio está lá nessa área protegida e que actualmente serve de apoio pedagógico às escolas e espaço lúdico-rural, onde ainda agora vi, crianças enturmadas a passear e a sorver os ensinamentos da mãe-terra, todos alinhados nos seus chapéusinhos encarnados cercando as respectivas monitoras com seus olhares sedentos de saber, coloridos de inocência e brilho de futuro a cintilar alegres.
Foram quase oito dias de descanso e fuga às obras, aos acabamentos das ditas na casa, ao barulho do aspirador, do berbequim, do toque da campaínha, sei lá.... etc...etc...
Foram quase oito dias de refúgio na paz e sossego de um "santuário" que normalmente oxigena os meus fins de semana.
Posso-vos dizer que a paisagem é linda, calma, serena...
As águas fazem parte de uma enorme mancha lagonal merecedora de protecção florestal e natural e ainda reserva biológica, poiso de aves migratórias e de algumas que, mau grado a sua condição natural de "viajantes" se deixam cativar pelo clima e condições oferecidas e cá ficam.
A mancha florestal lá está...
O rural funde-se até ás entranhas com o piscatório permitindo, ainda, que de permeio se imponha a área florestal da vegetação ora estreita, espessa e rasteira, ora ainda altiva e frondosa onde imperam "velhíssimos" pinheiros, mansos como a fauna que a habita, altivos como a história que bem poderiam contar... Quantas gerações seriam contidas no seu contar e memorial ??!!....
Olhai os lírios dos campos... assim reza o título da obra. É vê-los... lindos e a florir, papoilas, miosótis, lilazes e mimosas, chorões a a abarcar o chão de areia como que a tapar e proteger os seus grãos de seca e dor maior.
Posso-vos dizer que vi o "Colhereiro" nas águas plácidas do lugar. Altivo, branco e de bico comprido e a característica ponta achatada do bico que lhe dá o nome. Sem binóculos, podia bem ser uma Garça, uma Cegonha ou uma qualquer outra pernalta... mas não.... lá estava na companhia destas mais a dos Flamingos.
De não esquecer os Patos bravos, os Galeirões, Corvos e outros quejandos, do maior ao mais pequeno, cada qual com a sua côr e função a emprestar pinceladas nesta tela já de si tão rica e tão oferecida.
Os coelhos não se avistam mas... por onde se passa lá encontramos as suas luras e rastros e o esgadanhado de suas patas em procura do come-come e... claro está... as respectivas caganitas. Lamentavelmente até uma raposa vi, mas morta, na estrada que lhe atravessava os campos e matagais da sua caça.
Tudo isto e mais o gado e mais os cães e as rolas, tentilhões, pintassilgos pombos e pardais, que nos dão vontade de perguntar por mais.
Também vos posso dizer que este ano, mais que os demais, estão cá em grande número ( pelos vistos a crescer depois de uma debandada de anos ) os "Milheireiros" também conhecidos ou chamados por "Abelharucos".
Estas aves encerram em si todo o explendor cromático que emana destas terras ( e porque não, destas gentes...) e que tão egoistamente dá vontade de calar e não partilhar.
Os azuis do peito com os verdes do ventre e ainda os amarelos acastanhados do dorso mais aquela côr e aqueloutra e ainda outra que as suas penas reflectem por força da luz solar e o canto redondo a anunciar o fim de dia apoiados nas linhas telefónicas e eléctricas.
E que dizer do tentilhão mais seu belo canto ?? e do melro ??
E que dizer, nestes tempos de Abril, do cantar longínquo do Cuco ?? Muitos... bastantes mesmo !!!!
Enfim... estaria aqui o tempo que fosse preciso para meu deleite a falar deste meu lugar.
Para ele muitos demandam para as suas férias para usufruto de uma mar e praias que lhes acastanhe a cór da pele... só isso. A verdadeira riqueza e pormenor do lugar escapa-se-lhes ao olhar como a areia se lhes escorre das mãos e desaparece.
Ainda bem... fiquem com a tez morena para mostrar aos amigos que eu enterneço o meu olhar guardando todas estas carícias que a Natureza me propicia e acalenta o entusiasmo da próxima visita.
Como referência, dir-vos-ei que o Monte do Paio está lá nessa área protegida e que actualmente serve de apoio pedagógico às escolas e espaço lúdico-rural, onde ainda agora vi, crianças enturmadas a passear e a sorver os ensinamentos da mãe-terra, todos alinhados nos seus chapéusinhos encarnados cercando as respectivas monitoras com seus olhares sedentos de saber, coloridos de inocência e brilho de futuro a cintilar alegres.
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